Sexualidades indígenas

• Editora:  Devires
• ORGANIZADORE(S): Paulo de Tássio Borges da Silva
• ISBN:  9788593646461
• Edição:  1ª Edição
• Formato:  14.00 x 21.00 cm
• Páginas:  152

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Sinopse

O livro Sexualidades Indígenas faz parte de encruzilhadas de pesquisas com/entre povos indígenas. São exercícios de reflexões e de escritas anticoloniais que desafiam os tempos hodiernos que insistem tornar a vida careta e menos vivível. Nesse sentido, o livro se coloca como uma tentativa manter o debate e uma agenda de discussões com/entre pesquisadores(as) que têm se dedicado a pensar questões de gêneros e sexualidades em contextos indígenas.

Biografia do organizador

É mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), mestre em Linguística e Línguas Indígenas pelo Museu Nacional/UFRJ e doutor e pós-doutor em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ProPEd/UERJ). É coordenador do Grupo de Pesquisa Currículo, Diferença e Formação de Professorxs, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). É professor no Departamento de Educação de Angra dos Reis na Universidade Federal Fluminense (UFF) e professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), professor convidado na Licenciatura Intercultural Indígena (Prolind/Universidade Federal do Espírito Santo –UFES). Atua especificamente nos seguintes temas: Educação Escolar Indígena e Educação Indígena, interculturalidade, revitalização linguística, diferença, currículo, gênero, sexualidades, crianças e infâncias. É membro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisas em Educação (ANPEd), no GT de Currículo, e da Associação Brasileira de Currículo (ABdC).

Trecho do livro

“Ao acompanhar os muitos anos de pesquisa e o prolongado contato dos colegas que nos brindam com os textos reunidos neste livro com seus objetos de estudo, vivi a felicidade de perceber que estas últimas décadas de avanço não ficaram para trás. A ampliação das políticas de reconhecimento e dos financiamentos de investigações com temas diversos deram muitos frutos. Elas ecoam em lindos trabalhos e em nossa teimosia de seguir existindo. Trabalhos que herdam o compromisso com a alteridade de quem teve e tem que teimar muito e a esperança de fazer diferença em um país tragado pelo ódio ancestral contra aquilo que não é o fantasioso espelho que devolve a imagem distorcida do miscigenado país da alegria. Que deleite acompanhar pesquisas com/entre e de povos-sujeitos indígenas que não nos fazem sentir voyeurs culturalistas, a la Kaspar Hauser, de um zoológico étnico! Que delícia poder conviver, um pouquinho que seja, com alguns desses povos em suas múltiplas formas de existir! Borrar as fronteiras acadêmicas, muitas vezes também ultrajantes, ao interditar temas ou enfoques, buscando ditar o que é admissível pesquisar! Nossas expectativas são a todo momento sacudidas pela inusitada articulação de temas que não estamos muito acostumados a ver juntos. Sexualidade, homossexualidade, gênero e casamento também são temas de pesquisa com, entre e de indígenas – e, com eles, colegas autores fazem um convite para que suspendamos o colonialismo que também nos constitui” (Elizabeth Macedo – UERJ).