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Cuirexílios: uma fantasmografia artística na transfronteira mexicanobrasileira


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Descrição Geral

ISBN 978-85-93646-59-1

DIMENSÕES: 16 X 23 CM

PÁGINAS: 244

AUTOR: CLEBER BRAGA

Sinopse

O livro propõe uma expansão do termo sexílio - originalmente relativo ao exílio sofrido por pessoas perseguidas por sua orientação sexual -, de modo a incorporar outras dimensões interseccionais e subjetivas que caracterizam a experiência da expulsão, antes mesmo de serem cruzadas quaisquer fronteiras geográficas. Nesse sentido, o prefixo CUIR aqui utilizado - desdobramento do termo queer - acentua aspectos geopolíticos, ressaltando diferentes modos de gênero-sexo dissidência no contexto latinoamericano. Valendo-se de uma desmotedologia baseada no acaso, este é um livro de viagem entre México e Brasil, composto por ensaios, poemas e entrevistas com artistas que compartilharam com Cleber Braga tecnologias de renúncia ao pacto da cisheteronorma, ressaltando a capacidade da arte de contribuir com a elaboração da ferida colonial, do desterro identitário consequente da sensação de não-pertencimento.

Trecho do livro

Eis o sentido mais íntimo do CUIRexílio: a impossibilidade de pertencer.

    Esta familiar estranheza pela qual passamos muites de nós, dissidentes: a impossibilidade de ficar. Impossibilidade de voltar à casa que já não existe, exilades na própria memória, despatriades para fora da casa, para fora do círculo, para fora dos olhares (olhar é incluir), para fora da fronteira. Impossibilidade de pertencer: família, Estado e religião. Quem nunca? Raça, gênero, classe, peso, idade, língua, cidadania... Quem nunca ficou para fora?!

Sobre o autor:

É diretor de teatro, dramaturgo e poeta. Professor universitário e pesquisador, sua produção acadêmica e artística está voltada aos estudos de cabaré, de intervenção urbana artística, de fronteira, e ao CUIRsudaca, em perspectiva contra-colonial. Natural da cidade de Curitiba, é autor do experimento audiovisual Cartografia Sentimental Tucuju, de 2021, sobre a cidade de Macapá - onde também viveu, bem como em cidades dos Estados do Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais.

Contato: cleberbrag@gmail.com

Orelha

A publicação deste livro, originalmente produzido como Tese de Doutorado defendida no Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade, da Universidade Federal da Bahia, deve ser festejada. E eu poderia elencar várias razões, mas vou apontar apenas algumas. Talvez, uma das principais seja a oportuna e inédita reflexão em torno das complexas relações entre o exílio e as dissidências sexuais e de gênero. Nessa investigação, Cleber Braga forjou vários conceitos, entre eles o de CUIRexílio.

 

A obra nos ajuda a pensar o exílio em uma perspectiva bem ampla, que vai da necessidade forçada de sair de nossos lugares de nascimento (sentido mais conhecido) até ao seu sentido mais profundamente subjetivo. Nesses dois momentos, entre vários outros que poderiam ser aqui acionados, Cleber contribuiu significativamente.

No primeiro, alarga a noção para enfatizar que as motivações que fazem alguém ser obrigado a se exilar são bem mais amplas do que as que geralmente são lembradas, como as guerras, as epidemias e outras mazelas sociais. As pessoas LGBTQIA+ são forçadas a sair de onde nasceram porque são literalmente expulsas de suas próprias famílias em função das suas sexualidades e gêneros dissidentes. Quando existe algum apoio familiar, o contexto social e cultural homo-lesbo-transfóbico provoca o exílio.

Mas a Tese de Cleber vai muito além disso, pois o trabalho nos faz entender que o CUIRexílio é algo que constitui as subjetividades das pessoas sexo-gênero dissidentes. Podemos migrar e ainda assim nos sentimos pessoas exiladas, ou seja, permanecem as sensações de não fazer parte daquele lugar e, por isso, novas viagens são sempre necessárias. E é aqui que o trabalho parece ganhar contornos ainda mais interessantes porque isso fica evidente tanto nas narrativas do próprio autor quanto nas falas das pessoas com quem ele dialoga.

Não por acaso, o autor da pesquisa também precisou viajar e a escolha não poderia ter sido mais acertada. A ida para o México, mais do que nos oferecer uma espécie de diário de viagem (nada mais próximo da vida de uma pessoa exilada), permitiu diálogos com pessoas de vários lugares, inclusive brasileiras, mas também o levou para um dos lugares mais nevrálgicos do mundo em matéria de migração: Tijuana, na fronteira com os Estados Unidos. Ali fica ainda mais evidente que o trabalho trata sobre exílio, sobre viagens, sobre fronteiras, sobre quem precisa migrar, sobre quem consegue ou não migrar e, independente disso, não consegue se livrar da eterna sensação de não ter terra alguma para chamar de sua. Para fazer frente a tudo isso, para sobreviver material e subjetivamente, essas pessoas, inclusive o autor do livro, produzem arte. O livro trata sobre isso. Boa viagem!

Leandro Colling

Universidade Federal da Bahia

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