Conceição Nogueira, doutora em psicologia, faz um resgate histórico das lutas e teoria feminista, desde a primeira onda, até os dias atuais e discute o conceito de interseccionalidade, tanto numa perspectiva teórica, quanto no uso em pesquisa.
Embora o livro discuta o feminismo a partir de sua entrada no campo da psicologia, o livro oferece uma perspectiva histórica e conceitual para todxs que se interessam pelos estudos de gênero.
Formato: Pocket
Páginas: 226
SUMÁRIO
Prefácio ........................................ 7
Introdução ................................. 16
Os feminismos: ondas e epistemologias ............................ 21
As ondas no movimento feminista 23
Posicionamentos epistemológicos feministas .................................. 44
Uma Psicologia Feminista?.......... 53
A psicologia (das mulheres) na primeira onda............................. 70
O gênero na segunda onda.......... 77
O Gênero na crise da segunda onda .................................................. 92
Uma Psicologia feminista (construcionista social) crítica..........96
O feminismo negro.....................113
O gênero e a diversidade na terceira onda .........................................118
A teoria da interseccionalidade...136 Questões de metodologia............154
Como "captar" a complexidade da interseccionalidade? ..................154
Interseccionalidade e Pesquisa em Psicologia ..................................171
Questões críticas à teoria da interseccionalidade ....................184
Conclusão .................................192
Referências................................202
Nota biográfica ..........................232
A renda do livro será revertida para mstectomia de Caic Tiben (na foto do livro).
Este livro que tens nas mãos é um texto que visa a um entendimento do que significa desobedecer ao gênero nas suas múltiplas acepções e encarnações. É um trabalho inspirado numa leitura feminista crítica, antirracista, anti-heteronormativa e de esquerda, e deve muito a textos e ações que o antecederam. É também um feminismo que viaja, circula e se detém em vários pontos e espaços.
Texto de João Manoel de Oliveira
João Manuel de Oliveira é investigador auxiliar no Centro de Investigação e de Intervenção Social do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, no domínio dos estudos de gênero e das sexualidades. Atualmente é coordenador da linha de investigação Gênero, Sexualidades e Interseccionalidade. Pesquisa sobre teoria feminista queer pós-estruturalista, epistemologias críticas e análise dos discursos sociais, mormente sobre discriminação, cidadania sexual, normas de gênero, heteronormatividade e homonormativi- dade, áreas sobre as quais tem publicado em livros e em revistas portuguesas e internacionais.
É doutor em Psicologia Social pelo ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa e fez pós-doutoramentro na Universidade do Minho, Universidade do Porto e ISCTE-IUL. Foi Investigador visitante no Birkbeck College da Universidade de Londres e na Universidade Federal da Bahia, onde é colaborador estrangeiro do CUS-Cultura e Sexualidade.
Isto, para mim, não é um livro. É uma viagem. Uma viagem a um território que, mesmo para quem ache (ingênua!) que já o conhece, que já leu o guia da agência de viagens, que já viu as fotos das amigas que lá foram como turistas no verão passado, transfigura-se por completo da mão de João e da sua lúcida mirada feminista.
Uma mirada teoricamente ácida, promíscua, tão hedonista como erudita, sempre ágil, nunca neutra, que nos incita a nos perdermos, para nos encontrarmos, nas cartografias geográficas e temporais dos feminismos no seu mais incorrigível plural.
Isto, para mim, não é uma viagem. É um exercício de sedução permanente, um canto de sereio, o convite irrecusável à festa internacionalista, interclassista, intergeracional dos corpos em luta. Vais ficar a olhar, à porta? Olha que a guerra, a nossa, apenas começou.
Pablo Pérez Navarro - Centro de Estudos Sociais - Universidade de Coimbra
SUMÁRIO
PREFÁCIO.. 7
Marias como preâmbulo.. 14
Feminismos negros, das diferenças e nas margens 35
Lésbicas, queer e transfeminismos: encarnações feministas 79
Trânsitos e democracias de gênero 96
Referências. 109
Nota Biográfica.. 123
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