Mulheres donas de si sem dúvidas andam assustando. São as donas da pescaria. Arrepiam um padrão de família imposto, que as querem somente em casa, domesticadas como papa-capins em gaiolas que jovenzinhos prendem incentivados por outros, já exercitando um sutil poder de dominação, exercício de masculinidade equivocada. Era preciso aplaudir essas mulheres. É urgente. Ir às suas celebrações e visibilizá-las. A sociedade inteira estava contra Adrianes. Elas não eram o padrão de mulher requerido pela família tradicional. A falsa harmonia familiar e social estava amarrada a mulheres posicionadas em situação de subalternidade, e violência já era fácil de entender, tinha mais a ver com o etéreo do que com o concreto, embora este também o fosse. Neila Priscila dos Santos Costa, Neila Sanco, é baiana, soteropolitana, latino-americana, mestra e doutoranda em Língua e Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Feminista lésbica, estudiosa dos Estudos Críticos do Discurso, pesquisa as relações entre linguagem e sociedade, relações abusivas de poder e (re)produção de violências, sobretudo, violência simbólica contra mulheres, o universo do(s) feminino(s) e das feminilidades.
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