"Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos (Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, art.1º) Com essas palavras, a Revolução Francesa lançava as bases jurídicas e ideológicas para a construção de uma nova sociedade, liv re dos privilégios e das distinções de ordem que haviam caracterizado o Antigo Regime. Mas qual era o real alcance desses princípios, que pareciam proclamados ao Universo? Para uma potência colonial como a França, eles encontravam seu primeiro limite nas centenas de milhares de homens e mulheres de origem africana, escravizados nas possessões ultramarinas da nação revolucionária. Como conciliar a vocação libertária da Revolução com a manutenção do comércio de gêneros coloniais que fazia a riquez a da Nação? Foi esta difícil questão que norteou os debates acerca da política colonial da Revolução. Nesse contexto, a primeira organização antiescravista francesa, a Sociedade dos Amigos dos Negros, conduziu sua campanha em favor de uma transforma ção gradual do sistema colonial. Situada num quadro marcado por duas revoluções ¿ a da metrópole e a dos escravos de sua principal colônia, São Domingos ¿ a trajetória desses homens, e do combate antiescravista como um todo, permite refletir sobre a natureza e os próprios limites do processo revolucionário francês do final do século XVIII."
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