Sinopse
A Decolonialidade se configura como um campo político, teórico e metodológico que busca um enfrentamento ao legado do período de colonização na América Latina. Para tal, a abordagem buscava repensar e ao mesmo tempo potencializar as epistemologias dos povos originários das Américas e das populações africanas escravizadas. As categorias Raça e Capital elucidaram os primeiros campos de investigação decolonial, mas com o caminhar dos estudos, timidamente, um movimento de incluir outros marcadores sociais nas discussões teóricas, com ênfase no cis-hetero-patriarcado. É sabido que esta formatação atende aos critérios eurocêntricos de civilidade e o que não se encaixa nessa padronização deve ser compreendido como objeto e com aparato filosófico e religioso tem a sua escravização garantida e o epistemicídio como um caminho natural. Dessa forma, o presente dossiê busca provocar o campo da Decolonialidade, a criar e visibilizar o lugar que a colonialidade do poder, saber e ser destinou às pessoas LGBTQIA+. Pensando em uma perspectiva de Enviadescer (LINN DA QUEBRADA, 2016), mas não apenas ela, essa obra destina- -se às pessoas que tangenciam suas escritas nessas paragens e rossagens decoloniais, despregando paradigmas trazidos pelas caravelas e propagados ainda no cotidiano sob formas atualizadas de preconceitos às existências escapadiças da norma.
Organizadores:
Eduardo O. Miranda
Doutor em Educação (UFBA), professor no Departamento de Educação da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Coordenador do Grupo de Pesquisa Corpo-território, Educação e Decolonialidade (CNPq/UEFS). Docente permanente do Mestrado em Educação (PPGE/UEFS) e Mestrado em Desenho, Cultura e Interatividade (PPGDCI/UEFS).
Marta Alencar dos Santos
Doutoranda em Educação, possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia e mestrado em Educação pela Universidade Federal da Bahia. Professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Gestora da Educação Básica. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Corpo-território, Educação e Decolonialidade (CNPq/UEFS).
Rodrigo Pedro Casteleira
Doutor em Educação (UEM), docente no Departamento Acadêmico de Ciência da Educação (UNIR/Vilhena), performer, artivista e pesquisador no campo da arte, decoloniadade, nudez, corpo, afetos e negritude, membro do Nudisex/UEM, Neiab/UEM e HIBISCUS/UNIR.
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