Sinopse
O que é o “queer”? Quais são as suas origens e ferramentas teóricas? Quais são as suas discrepâncias com um setor do feminismo que o considera um “cavalo de Tróia” dentro do movimento? Em um momento em que esses debates pareciam superados, as reações do chamado setor trans excludente e da extrema-direita os trouxe de volta, alimentando muitos mal-entendidos. O “queer” não é um produto neoliberal, nem as pessoas queer escolhem seu sexo/gênero/identidade tão facilmente. As teorias queer fornecem muitas chaves de leitura para entender de forma mais fluída questões relacionadas a gêneros, sexualidades e corporalidades, para além dos binarismos. Além disso, levam em conta como se entrecruzam gênero, classe, sexualidade, idade, capacidade, raça, etnia, status migratórios... questões importantes para questionar os próprios privilégios de branquitude, classe ou cidadania, entre outros. Gracia Trujillo também reivindica que as pedagogias queer devam chegar ao campo educacional, que os dois campos se conheçam e valorizem as jornadas ativistas, as coalizões entre a luta feminista e a dos coletivos LGTBI+ e queer. Recuperar estes pactos, centrando-se mais em objetivos comuns e menos em identidades, adquire agora especial relevância.
Sobre a autora
Doutora em Sociologia, Professora da Faculdade de Educação da Universidade Complutense de Madrid e ativista feminista queer. Pesquisa e escreve sobre feminismo e ativismo LGBTQ-Queer, arquivos e memórias, pedagogias queer, reprodução e parentesco não cis-heterossexual, entre outros temas. É autora de “Desejo e Resistência. Trinta anos de mobilização lésbica no Estado espanhol (1977-2007)” (Egales, 2008, reeditado em 2021) e “O feminismo queer é para todo mundo” (Ed. Catarata, 2022).
Orelha
Para nós, estudiosos da Teoria Queer, sempre foi difícil nomear uma obra que pudesse apresentar os objetos centrais de seu estudo como o contexto de emergência de suas políticas, a formação sócio-histórica das identidades homossexuais; as funções disciplinares ou emancipatórias das categorias binárias homo/hetero; as articulações sexo-gênero-desejo, a organização social da heterossexualidade; interseções teóricas e políticas e, claro, as tensões em torno de múltiplas posições: queer e feminismos tradicionais, queer e a questão trans, são só dois exemplos. Quando li o livro de Gracia Trujillo, em 2022, decididamente entendi que ele postularia esse lugar, o de reunir premissas básicas de qualquer discurso analítico sobre o fenômeno queer.
Djalma Thürler
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