Com prefácio do pastor Henrique Vieira, Pastrix: a revolução de uma santa pecadora – best-seller do New York Times – conta, com liberdade e bom humor, a vida de Nadia Bolz-Weber e sua fuga do fundamentalismo religioso, desde a luta contra o alcoolismo à descoberta da vocação para líder espiritual
“Falo muito palavrão, sou coberta de tatuagens e meio egoísta. Nada em mim diz: ‘pastora luterana’”: em um momento em que a religião cristã é utilizada equivocadamente como termômetro social, a autodefinição de Nadia Bolz-Weber é ao mesmo tempo um sopro de ar novo e um ato de resistência. Assim como o lançamento de seu livro no Brasil – Pastrix: a revolução de uma santa pecadora – em que conta parte de sua vida, da infância no fundamentalismo religioso, passando pela luta contra o alcoolismo, até à descoberta da vocação para líder espiritual.
Com prefácio do pastor Henrique Vieira, também uma voz progressista, o livro, best-seller do New York Times, é lançando no país pela independente Editora Sapopemba. ? Nas palavras de Henrique Vieira, Pastrix quebra critérios de inclusão e exclusão e preconceitos profundos e enraizados: “Honesto, o livro assume o grito humano e chama Deus para a briga”, escreve no prefácio. ?
UMA PASTRIX REVOLUCIONÁRIA ?
Nadia Bolz-Weber é chamada por alguns setores do protestantismo norte-americano de pastrix (termo pejorativo para definir mulheres pastoras) e, além de atacada por seu gênero (mulher pastora?), é atacada pelo modo como fala (“muito palavrão”), se veste (pouco convencional para uma pastora e mulher de sua idade, mostrando as várias tatuagens), e até pelo modo como vive (atualmente é divorciada e defende abertamente os direitos LGBTQ+, sem fazer segredo sobre a homossexualidade do filho).
Os posicionamentos teológicos e espirituais de Nadia são também questionados por setores mais conservadores da Igreja, já que ela prega um Deus acessível a todos e uma Igreja que se posicione social e politicamente: “Não consigo acreditar em um Deus que não revele a si mesmo de incontáveis maneiras fora do simbolismo do cristianismo”, escreve em Pastrix. “De certa forma, preciso de um Deus maior e mais plural e misterioso do que eu poderia compreender e inventar. Caso contrário me sentiria adorando nada além da minha própria habilidade em conceber a divindade.”
Sem definir Deus em um gênero e com passagem pela wicca (tempo que ela não renega), Nadia conta em Pastrix como viveu em uma comunidade neohippie, foi comediante stand up e se meteu com drogas e álcool. Após a jornada com os alcoólicos anônimos veio a decisão – ou chamado – para se tornar pastora luterana. ?
Em Denver, Colorado, fundou a igreja luterana House for All Sinners and Saints [HFASS – Casa para Todos os Pecadores e Santos], local que escolheu abraçar todos aqueles que o procuram, sobretudo os habitualmente rejeitados pelo sistema religioso tradicional. Atualmente, Nadia realiza palestras pelos Estados Unidos; depois de Pastrix, escreveu outros dois livros ainda não editados no Brasil: Accidental Saints: Finding God in All the Wrong People (2015) [Santos por Acaso: Encontrando Deus nas Pessoas Erradas] e Shameless: a Sexual Reformation [Sem Vergonha: uma Reforma Sexual], lançado no ano passado.
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